Este livro inaugura o romance policial no Brasil. Baseado num famoso caso ocorrido no Rio de Janeiro, este romance-folhetim foi publicado sem autoria na Revista A SEMANA.
Apesar do crime real não ter sido desvendado, este livro tornou-se um marco na literatura brasileira, principalmente após atribuírem sua autoria ao já consagrado Aluísio Azevedo.
Essa novela foi publicada em folhetins de 03 de janeiro a 14 de março de 1885. Escrita em forma de cartas, narra as desventuras de um marido traído que busca a sua mulher que fugiu com um tal de Matta, de acordo com o cartão que ele encontrou em casa, mas que poderia também ser Malta, ou mesmo Mattos, porque o sujeito parece ser um vigarista. O traído escreve cartas ao jornal de suas investigações e essas cartas são publicadas sem revelar os nomes verdadeiros dos personagens. Num ritmo de investigação, com capítulos curtos, esta novela é daquelas que não se consegue parar de ler até elucidar o mistério.
Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo (1857-1913) é um dos escritores maranhenses mais importantes da literatura brasileira. Foi membro da Academia Brasileira de Letras, reconhecido pelos importantes livros que lançou, como O Cortiço, Girândola de Amores e Uma Lágrima de mulher.