Macário é uma peça de teatro de Álvares de Azevedo com estilo nonsense. A peça começa com Macário chegando numa cidade para pernoitar e a partir daí parece que tudo se desenvolve como num sonho. Na segunda parte, a trama se passa com estudantes na Itália, num clima lúgubre e onde aparece novamente Satã, tentando perverter os jovens.
Essa peça de teatro, publicada postumamente em 1855, é um drama, e narra o encontro do jovem Macário, cheio de ideias sobre o amor, com Satã, que o leva para sua casa na primeira parte da história. Lá discutem filosofia, o sentido da vida, o amor puro, a devassidão e as paixões do ser humano. A segunda parte se passa na Itália, onde Macário primeiro encontra-se com uma mulher com o filho morto no colo, voltando a encontrar Satã, que debate sobre o amor enquanto Macário quer falar sobre a morte.
“Diziam que ele morreu... Morrer! Meu filho! É impossível... Não sabeis! Ele é a minha
esperança, meu sangue, minha vida. É meu passado de moça, meus amores de velha...”
Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852) foi um daqueles poetas que entraram para a história, apesar da vida encurtada por um tumor que não foi devidamente tratado. Sua obra influenciou muitos poetas, além de escrever também o livro de contos gótico Noites na Taverna, uma das primeiras obras do gênero no Brasil.