Dona Júlia foi o livro que Filinto de Almeida escreveu em homenagem à sua mulher, Júlia Lopes de Almeida, juntando poemas escritos por décadas, desde a juventude, o casamento, a vida madura e a morte do amor de sua vida, ocorrida de forma precoce em 1934, por causa da malária.
Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) foi a maior escritora da literatura brasileira na virada do século XIX para o século XX. Filinto se apaixonou por ela e compartilhou uma vida de literatura, cultura, muito amor, filhos e reconhecimento dos seus pares. A inesperada morte de Júlia de malária, voltando da África, representou um baque para Filinto, que mostra todo o seu amor e sofrimento nessa obra, publicada em edição limitada apenas para amigos.
Francisco Filinto de Almeida nasceu no Porto, Portugal, em 4 de dezembro de 1857, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de janeiro de 1945. Veio para o Brasil com parentes aos 10 anos de idade, onde viveu o resto de sua vida. Não teve educação formal, mas iniciou a carreira de escritor aos 19 anos. Escreveu, em colaboração com a esposa, Júlia Lopes de Almeida, em folhetins do Jornal do Comércio, o romance A casa verde. É o fundador da cadeira nº 3 da Academia Brasileira de Letras.