Um rico aristocrata é roubado.
Assim tem início uma sátira à monarquia.
Os personagens se dividem em duas classes: os amorais e as vítimas. Uma obra que transforma um acontecimento comum em algo revelador das muitas faces da sociedade brasileira da época. A obra marca o lado agressivo e sarcástico do autor.
Publicado em folhetins, na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro em 1882, este livro é um romance de ritmo ágil e divertido, diferente da principal obra de Raul Pompeia, O Ateneu. Seu personagem principal é Manuel Paiva, e o caso é livremente baseado no roubo das joias de D. Pedro II, de quem o autor era crítico ferrenho, pois como republicano, queria pôr fim ao Império e à família real.
Raul Pompeia nasceu em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, em 1863. Além de escritor, foi também desenhista e escultor. É distinguido como o iniciador da ficção impressionista no Brasil. Seu temperamento sensível e instável o levou a se envolver em contínuas polêmicas. Extremamente radical em seus princípios, angariou antipatias, o que acabou por levá-lo ao abatimento e, finalmente, ao suicídio, aos 32 anos de idade, em 1895, no Rio de Janeiro.